A psicologia em emergências e desastres envolve cada vez mais profissionais psicólogos, requeridos em eventos adversos que ocorrem em todo o mundo.
Tendo isso em vista, a psicologia brasileira tem buscado espaços para contribuir na política publica de defesa civil construindo, simultaneamente, referências de atuação em emergências e desastres com base na experiência prática e conhecimento teórico sobre o tema.
Os psicólogos e psicólogas devem focar sua atuação profissional nas possibilidades de redução das condições de vulnerabilidade das populações que são mais afetadas por desastres. Isto implica a percepção clara dos riscos a que estas comunidades estão submetidas na relação direta com a incipiente presença de políticas públicas, incluindo-se a defesa civil .
Além disso, os psicólogos e psicólogas deverão colaborar nos processos de organização comunitária e social para o fortalecimento do protagonismo das populações afetadas na definição dos seus projetos de cidadania. Do ponto de vista da intervenção profissional, a psicologia vem acumulando produções e experiências que devem ser consideradas e compartilhadas por aqueles que são demandados a atuar no apoio, por exemplo, às vítimas de desastres.
Mas é importante ressaltar que também deve ser compromisso da psicologia atuar na prevenção de desastres construindo, com outros atores sociais, estratégias de enfrentamento que minimizem danos materiais e humanos. Este pode ser o grande desafio do compromisso social da psicologia.
O Conselho Federal de Psicologia tem tomado iniciativas para um diálogo efetivo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil . Há uma preocupação, no entanto, que a Política Nacional de Defesa civil não esteja submetida ao acompanhamento e participação da sociedade, em todos os níveis. Tal fato distancia ainda mais o Estado das reais necessidades e urgências da população brasileira.